Por isso, segundo Oswaldo, a entidade está preocupada com o cenário atual da pecuária – com custos crescentes de produção e preços muito baixos na arroba –, que sofrerá ainda mais com a suspensão das exportações.
“Um acordo mal redigido em 2015, entre Brasil e China, não separou as duas formas da doença. E quando se identifica um caso ocorre automaticamente o embargo. Isso significa que o Brasil para imediatamente de exportar para a China, provocando um caos econômico em toda a cadeia. No último episódio, em 2021, quando ocorreu situação semelhante, tivemos quase 100 dias para retomar as exportações, com prejuízos incalculáveis para o setor”, afirmou.
Hoje o país asiático é um dos principais destinos da carne bovina brasileira – e Mato Grosso é o estado com o maior rebanho bovino do Brasil. “Estamos solicitando às autoridades competentes que revisem esse acordo, para que não fiquemos reféns de casos semelhantes, que podem ocorrer esporadicamente, principalmente num rebanho grande como o brasileiro, como ocorreu”, disse.O caso atípico registrado acometeu um animal macho de 9 anos criado em pasto, sem ração, e que já foi abatido e sua carcaça incinerada no local. Portanto, não representa nenhum aos demais animais e aos humanos. Inclusive, a própria Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) já colocou o Brasil como área de risco insignificante para a doença.
“A Acrimat está muito preocupada com o atual momento pelo qual a pecuária está passando. Agora temos que enfrentar um novo problema, que é o da famosa ‘vaca louca’ que de louca não tem nada. Trata-se apenas da forma atípica, uma degeneração cerebral causada, principalmente, pela idade avançada dos animais, sem o mínimo risco sanitário para os outros animais e para a população também”, garantiu o diretor presidente da Acrimat.Apoio da ABCZ – Nesta sexta-feira, 24, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) manifestou publicamente o apoio à Acrimat quanto ao pedido de revisão do protocolo de exportação de carne bovina para a China.
“Sabemos que essa confirmação impacta diretamente o mercado de carne. Lamentamos o incidente que ameaça a credibilidade e segurança do trabalho realizado pela pecuária nacional e reflete no escoamento da indústria, tanto no cenário interno, quanto internacional, e, por essa razão, nos posicionamos a favor de uma revisão do acordo, já que a sua atual forma ocasiona prejuízos incalculáveis para o setor”, relata o comunicado da entidade.A Diretoria da ABCZ avalia que o Brasil, país continental, precisa de protocolos eficientes e mais inteligentes para nos proteger comercialmente. A associação acrescentou ainda que “respeita a indicação dos protocolos orientados pelas autoridades sanitárias brasileiras e se coloca à disposição para informar os pecuaristas de todo o país sobre manejos seguros, mas reforça a necessidade de revisão dos acordos bilaterais para evitar a suspensão de exportações”.
Fonte: Ascom Acrimat e ABCZ
Foto: Divulgação / ABCZ
“Um caso pontual de qualquer doença tem que ser investigado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, mas não pode travar a exportação de plantas de outras regiões de um território tão grande quanto o Brasil”, disse Gabriel Garcia Cid, presidente da ABCZ.
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